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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Hino da Liberdade



No Rio Grande do Sul, uma das regiões menos atingidas pelo ciclone bernardista, o grupo ácrata, editor de “O Nosso Verbo”, fazia circular pelas entidades afins, de mão em mão, o “Hino da Liberdade”, com música do hino Brasileiro:






Hino da liberdade




Unamo-nos escravos da: política,


Na justa aspiração da liberdade


Pois temos que exercer severa crítica


Contra a desordem secular da sociedade


A quem os filhos.


Oh! Produtores.


A quem os filhos,


Hoje mirrados na pobreza os consomem,


Lançai por terra


Os empecilhos


Que é o mais justo dever de todo o homem!


Que as nossas dores nos inspirem, sempre! Sempre!




O gozo é para nós um sonho místico


Que zomba da miséria dissolvente;


Esteios, que se perdem no reverso;


Baluartes, que a desgraça vos levaram,


Só vós sois os obreiros do Universo!


****


Oh! Produtores


Que o vosso sangue derramais


Aos opressores,


Clamai justiça para os punir!


Anarquia! Porvir!




2




Esta vil sociedade tão despótica


Desprezêmo-la de vez, filhos do povo,


E de toda esta amizade patriótica


Façamos renascer um mundo novo.


Operários,


Que assim nasceram,


Tanto padecem nesta vil sociedade?


Sejamos fortes


E sempre bravos


Combatemos sem descanso a iniqüidade!


Que nossas dores nos inspirem sempre e sempre!


A dor restou em nós força titânica


Para grande combate a burguesia,


E seja a nossa cólera vulcânica


A vida dos princípios da Anarquia!


Mas, na verdade erguendo os seus escombros


Mostremos o valor da sã Justiça!


Não mais fatigue o peso os nossos ombros!




Oh! Produtores


Que o vosso sangue derramais


Aos opressores,


Clamai justiça para os punir!


Anarquia! Povir!

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