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terça-feira, 26 de junho de 2012

A FARSA ELEITORAL

Emprega-se hoje< geralmente, esta expressão para designar, em sentido restrito, a ação classe operaria, sem interpostas, pessoas, com os meios que lhe são próprios (greve, boicotagem, sabotagem, etc.).
Mas analisando a ideia, vê-se facilmente que a ação sem interpostas pessoas, isto é, sem delegação de poder, tem aplicação em todos os campos, no econômico e no politico, tanto contra patrões como contra as autoridades; abrange várias formas de atividade e resistência e não é senão o anarquismo considerado como método.
E o método é o mais importante par um partido ou movimento, o que, sobretudo o distingue, pois não basta boas intenções: é preciso saber o meio de as pôr em prática, de lhes dar realidade, A máxima: Todos os caminhos vão dar em Roma – não tem senso comum. Há os que vão dar a um abismo. A ação direta, no sentido mais largo, pode ser violenta ou pacífica, individual ou coletiva, mas deve sobretudo ser contínua, de cada dia, em qualquer das suas formas, e em todas as duas fases, propaganda, organização, realização.
Agindo-se, praticam-se erros, dão-se passos falsos, golpes incertos. Quem caminha arrisca-se tropeçar; sobretudo quando se começa a falta à experiência, a musculatura e elasticidade. Mas todos esses erros, incertezas, inabilidades, tropeços, são corrigidos pelo exercício, pela própria pratica da ação, pela critica serena e acertada. Pensamento e ação.
O que é necessário ter bem presente é que a ação não pode ser substituída. Só a ação produz o fato, só ela mantém, Até os conservadores inteligentes o reconhecem (exemplo: Jean Cruet, A vida do direito e a impotência das leis).
Ainda suponho que a lei não fosse a expressão das classes dominantes, pelo monopólio da riqueza, do poder e da influencia, ela seria pelo menos inútil, pois viria reduzir a fórmulas estreitas e incompletas, permanentes de cada individuo e das coletividades interessadas origina e alimenta, em cada minuto e em cada metro quadrado de território. Todos os dias vemos direitos, escritos nas leis, desprezados por falta de resistência, E a lei é a mesma!
E é ainda necessário evitar o que pode contradizer desviar, diminuir a ação direta, a emancipação por suas próprias mãos. Nos queremos uma revolução social, isto é, não “emancipar o povo”, mais que ele se emancipe, tome conta dos seus direitos, não se deixe roubar e mandar, não delegue poderes, organize e administre diretamente a produção.
Ora, nada ataca mais esta obra de emancipação própria, de esforço pessoal, do que o parlamentarismo e o eleitoralismo, desvio de energias e de organização, portas abertas a todas as corrupções, a toda infiltrações de ideias e interesses estranhos.

Não Vote! Se for pra voltar, Vote NULO e não se iluda, Vote NULO e vai pra LUTA!
“A nossa classe nada tem nada o que perder, a não ser as algemas!”

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