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sexta-feira, 17 de junho de 2011

A INTERNACIONAL

Letra de E. Pottier. Música de Degeyter
Tradução de Neno Vasco

De pé! Ó vítima da fome!
De pé! Famélicos da Terra!
Da Idéia a chama já consome
a crosta bruta que a soterra.
Cortai o mal bem pelo fundo!
A pé, a pé! Não mais senhores!
Se nada somos em tal mundo,
sejamos tudo, ó produtores!

Bem unidos, façamos,
nesta luta final,
duma Terra sem amos
a Internacional!

Messias, deus, chefes-supremos,
nada esperamos de nenhum!
Unamos foscas e tornemos
a terra-mãe livre e comum!
Para não ter protestos vãos,
para sair deste antro estreito,
façamos nós por nossas mãos
tudo o que a nós nos diz respeito.

Bem unidos, etc.

Crime de rico a lei o cobre,
o Estado oprime o desgraçado:
não há direitos para o pobre,
ao rico tudo é tolerado.
à opressão não mais sujeitos!
Somos iguais todos os seres.
Não mais deveres sem direitos,
não mais direitos sem deveres!

Bem unidos, etc.

Abomináveis na grandeza,
os reis da minha e da fornalha
edificaram tal riqueza
sobre o suor de quem trabalha.
Todo o produto de quem sua
a corja rica o recebeu:
querendo que ela o restitua,
reclama o povo que é bem seu.

Bem unidos, etc.

Fomos de fumo embriagados:
Paz entre nós, guerra aos senhores!
Façamos greve de soldados:
somos irmãos, trabalhadores!
Se a raça vil, cheia de galas,
nos quer à força canibais,
logo verá que as nossas balas
são para os nossos generais.

Bem unidos, etc.

Somos o povo dos ativos,
trabalhador, forte aos produtivos.
ó parasita deixe o mundo!
ó parasita que te nutres
do nosso sangue a gotejar,
se nos faltarem os abutres,
não deixa o sol de fulgurar.

Bem unidos, façamos,
nesta lua final,
duma Terra sem amos
a internacional



Extraídos:
Livro: ABC do sindicalismo revolucionário
Autor: Edgar Rodrigues
Editora: Achiamé
Pagina: 71
Ano: 1987

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