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sexta-feira, 25 de março de 2011

O Vampiro

A Burguesia é como o Vampiro: Com ânsia.
Aproveita a noite atroz da ignorancia
E, há séculos, exaure a pobre humanidade,
E dorme pachorrenta e calma como um frade

Que acabou de comer a ceia suculenta,
Regada de Bordeaux, picada de pimenta...,
Lá no Oriente, porém, marcando um nôvo dia,
A Estrela alviçateira e bela da Anarquia

Começa a despontar, resplandente e risonha,
O Vampiro, que à luz tem aversão medonha,
Quando o astro cintilar, as trevas espancando,

Buscará, com pavor, o seu covil nefando!
Livres, enfim, do trasgo infame que os devora,
Os homens gozarão a luz da Nova Aurora! (1)

Dr. Raimundo Reis

(1) De "Voz do Povo" - Rio. Veda do Mundo Nôvo - 22-9-1920

Extraido:
livro: Nacionalismo e cultura social
Autor: Edgar Rodrigues
Pagina:344
Edtora: Laemmert

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