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terça-feira, 9 de junho de 2015

A NOSSA JUSTIÇA

     Não entendemos por justiça, quando dela falamos, aqueles que ditam os códigos e a jurisprudência romana, fundados em grande parte sobre os fatos violentos impostos pela força, consagrados pelo tempo e pelas bênção de uma igreja qualquer, cristã ou pagã, e como tais aceites como princípios absolutos, cujas deduções nada mais são que princípios muitos lógicos; não falamos também da justiça que se funda unicamente na consciência dos homens que encontreis em todos e até na consciência das crianças e que se traduz em simples "equação". Esta justiça universal que, graças às imposições da força e às influências religiosas, nunca prevaleceu na esfera política, nem na jurídica nem na econômica; deve servir de base no novo mundo. Sem ela, nada de liberdade, nada de república, nada de propriedade, nada de paz! Ela deve presidir a todas as nossas resoluções para que possamos contribuir eficazmente para o estabelecimento da paz.
     Esta justiça obriga-nos a tomar por nossa conta a causa do povo até hoje tão terrivelmente maltratada e a reivindicar para ele, com liberdade política, a emancipação econômica e social. O que vos pedimos é proclamar de novo este grande princípio da Revolução Francesa: que todo homem deve possuir os meios materiais e morais de desenvolver toda a sua humanidade, princípio que se traduz segundo nós. No problema seguinte:
     Organizar a sociedade de tal modo que todos os indivíduos, homens ou mulheres, ao começar a sua existência, encontrem iguais para o desenvolvimento de suas diferentes faculdades e de utilizar o seu trabalho; organizar uma sociedade que, tomando impossível a cada indivíduo explorar a outro, seja quem for, não lhe impeça de gozar as riquezas social que na realidade contribuiu diretamente a produzir co. O seu trabalho.

Mikhail Bakunin¹

¹ – Anarquista dos mais vigorosos. Nasceu na Rússia (1814 - 1876). Ignorou títulos e pátrias.

Extraido:
Livro: Um século de história Político-social em social em documentos
Autor: Edgar Rodrigues
Editora: Achiamé
Página: 105
Ano: 2005

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