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quinta-feira, 6 de junho de 2013

EDUCAÇÃO EM VISTA DE UM PENSAMENTO LIVRE

     Não basta ensinar ao homem uma especialidade. Porque se tornará assim uma máquina utilizável, mais não uma personalidade. É necessário que adquira um sentimento, um senso prático daquilo que vale a pena ser empreendido, daquilo que é belo, do que é moralmente correto. A não ser assim, ele se assemelhará, com seus conhecimentos profissionais, mais a um cão ensinado do que a uma criatura harmoniosamente desenvolvida. Deve aprender a compreender as motivações dos homens, suas quimeras e suas angústias para determinar com exatidão seu exato em relação a seus próximos e à comunidade.
     Estas reflexões essenciais, comunicadas à jovem geração graças aos contatos vivos com os professores, de forma alguma se encontram escritas nos manuais. É assim que se expressa e se forma de inicio toda a cultura. Quando aconselho com ardor “As Humanidades”, quero recomendar esta cultura viva, e não um saber fossilizado, sobretudo em historia e filosofia.
     Os excessos do sistema de competição e de especialização prematura, sob o falacioso pretexto de eficácia, assassinam o espírito, impossibilitam qualquer vida cultural e chegam a suprimir os progressos nas ciências do futuro. É preciso, enfim, tendo em vista a realização de uma educação perfeita, desenvolver o espirito critica na inteligência do jovem. Ora, a sobrecarga do espírito pelo sistema de notas entrava e necessariamente transforma a pesquisa em superficialidade e falta de cultura. O ensino deveria ser assim: quem receba o recolha o dom inestimável, mas nunca como uma obrigação penosa.

Extraído:
Titulo:  Como Vejo o Mundo
Autor: Albert Einstein
Editora: Nova Fronteira
Pagina: 29 á 30
Ano: 1955

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