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sábado, 16 de julho de 2011

Propostas e Práticas Anarquistas - Educação


A Coleção Propostas e Práticas se presta a ajudar nossas conversas e ações para transformação social em que a exploração e opressão sejam abolidas.

Sujeita-se a crítica e alteração que for necessária.

Propostas e Práticas são fundamentadas em nossas experiências nesses quase dois séculos de anarquismo em todo o mundo.

Desenvolvendo a luta através da autogestão, ação direta e comunismo libertário, condições de liberdade e justiça para todxs.

Não se limitam ao período eleitoral. Não pregamos o voto nulo como protesto, mas como uma conduta ética e moral de cidadania para um processo revolucionário. A política anarquista é um compromisso direto de todxs. A política será mudada através da população explorada e oprimida nas ruas, nos bairros, nas escolas, nas fábricas e nos campos por bem estar e liberdade.

Na construção do comunismo libertário através de práticas anarquistas!

Educação

O modelo educacional anarquista se baseia na liberdade de aprendizado, formação de senso critico, responsabilidade e vivência cooperativa.

Lembremos as escolas modernas e os ateneus libertários mantidos pelos anarcos-sindicatos do início do século como experiência real e prática Atualmente há algumas experiências que resgatam essa proposta de educação livre.

É necessário entender a relação professor/aluno como uma relação de troca de experiências e aprendizados, deixando a relação autoritária e hierárquica tradicional, trazida da educação totalitária da igreja que ainda é reproduzida. Fato de nota é que a igreja dominou o ensino no país e ainda exerce enorme influência. E essa influência é forte em todo o Estado, a ponto de embora o Estado se dizer laico, muitas práticas religiosas estão presentes e até certo ponto, perniciosas. Um exemplo disso é fato de o Vaticano determinar as datas de feriados em um país que se diz laico.

No caso da educação, procuram interferir nos rumos educacionais e até conseguiram trazer de volta o ensino religioso às escolas publicas, que deveriam ser laicas e não abordar tal assunto, dando a cada indivíduo a liberdade e responsabilidade sobre tal assunto. As religiões sabem muito bem que a educação básica, ainda mais no modelo autoritário que é o mais comum, consegue moldar e condicionar as pessoas para os objetivos que querem e não formar senso critico sobre uma diversidade de temas. É muito comum os estudantes saírem das escolas apenas escrevendo o nome. São conhecidos com analfabetos funcionais.

A participação de todxs no processo de formação é muito importante. Desde modo, a educação é responsabilidade de todxs, e será multidisciplinar, já que cada um pode contribuir no processo educacional, através de grupos educacionais que ocuparão as escolas. Estes serão formados por moradores da região, os pais, os alunos e interessados no processo educacional.

As escolas não seriam apenas depósitos ou onde as crianças apenas se alimentam, mas espaços de vivências educacionais autogeridos e abertos a todxs, onde se formam bibliotecas, círculos de estudos, poesias, atividades desportivas; os diversos indivíduos da comunidade relatarão sias experiências de trabalho, e ensinarão seus ofícios, preparando as condições para aperfeiçoamento e conhecimento dos inúmeros ofícios que movem a sociedade e suas relações no trabalho.

As metodologias aplicadas serão livres, mas sempre tendo o referencial de não oprimir e não explorar dentro do ambiente educacional. Não significa, entretanto, confusão ou bagunça, mas orientação para o compromisso coletivo e individual de participação, de deveres e direitos de viver em coletivo e, este, respeitando sempre cada indivíduo. Será o aprendizado de equilíbrio entre estes dois aspectos sociais.

Sabemos as características conservadoras da educação atual e de seu papel em manter a estrutura social da forma que está, contribuindo de forma paliativa e assistencialista na maioria dos casos. Controlada através do Estado, das religiões e grupos de elite, a educação feita cria uma “massa” de fácil manipulação, ignorante de sua situação e resignada pelas “soluções” de seus governantes, que fazem o que querem sem nenhum grande obstáculo.

O desenvolvimento educacional para o anarquismo é uma prioridade de todxs, e repetimos que cada indivíduo tem um importante papel de informação e formação social de todxs.

Não quem saiba tudo e nem quem não precise conhecer mais. O conhecimento é uma riqueza que devemos distribuir a todxs, sem exceção.

A proposta é fazer ao contrário do que é feito em educação para termos indivíduos livres e críticos.

-Formação de grupos, coletivos ou associações educacionais;

-Estas gerenciarão as escolas de forma direta, sem hierarquia;

-Incentivo a todxs à participarem regularmente da educação;

-Currículo elaborado por todxs;

-Ensino horizontalizados, sem professores;

-Dinâmicas cooperativas e foco na cooperação em vez da competitividade;

-Escolas como espaços abertos e multidisciplinares em que a comunidade exerça atividades culturais e educacionais;

-Práticas de vivência igualitária de gênero, étnica, religiosa e linguística;

-Metodologia pedagógica aberta, limitada apenas em não oprimir e nem explorar.

Extraído:

http://anarkio.net/index.php/publi/9-txta/59-propra-anarquia-educacao

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