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quinta-feira, 21 de abril de 2011

HINO DA LIBERDADE

No Rio Grande do Sul, uma das regiões menos atingidas pelo ciclone bernardista, o grupo ácrata, editor de “O Nosso Verbo”, fazia circular pelas entidades afins, de mão em mão, o “Hino da Liberdade”, com música do hino Brasileiro:





HINO DA LIBERDADE





Unamo-nos escravos da: política,


Na justa aspiração da liberdade


Pois temos que exercer severa crítica


Contra a desordem secular da sociedade




A quem os filhos. Oh! Produtores.


A quem os filhos,


Hoje mirrados na pobreza os consomem,


Lançai por terra, os empecilhos


Que é o mais justo dever de todo o homem!




Que as nossas dores


nos inspirem,


sempre! Sempre!




O gozo é para nós um sonho místico


Que zomba da miséria dissolvente;


Esteios, que se perdem no reverso;


Baluartes, que a desgraça vos levaram,


Só vós sois os obreiros do Universo!



****



Oh! Produtores


Que o vosso sangue derramais


Aos opressores,


Clamai justiça para os punir!


Anarquia! Porvir!




2




Esta vil sociedade tão despótica


Desprezêmo-la de vez, filhos do povo,


E de toda esta amizade patriótica


Façamos renascer um mundo novo.




Operários, que assim nasceram,


Tanto padecem nesta vil sociedade?


Sejamos fortes e sempre bravos


Combatemos sem descanso a iniqüidade!



Que nossas dores


nos inspirem


sempre e sempre!




A dor restou em nós força titânica


Para grande combate a burguesia,


E seja a nossa cólera vulcânica


A vida dos princípios da Anarquia!




Mas, na verdade erguendo os seus escombros


Mostremos o valor da sã Justiça!


Não mais fatigue o peso os nossos ombros!




Oh! Produtores


Que o vosso sangue derramais


Aos opressores,


Clamai justiça para os punir!


Anarquia! Povir!




Extraído:


Livro: Novos Rumos
Autor: Edgar Rodrigues
Editora: Mundo livre


Pagina: 217 á 218


Ano: 1978

Um comentário:

  1. Este é o único lugar na internet onde eu encontrei o Hino da Liberdade, mas ele é ligeiramente diferente do que me recordo, vou postar aqui pra ficar registrado:

    HINO DA LIBERDADE
    Unamo-nos escravos da política
    Na justa aspiração da liberdade
    Pois temos que exercer severa crítica
    Contra a desordem secular da sociedade

    Produtores, a quem os filhos
    Hoje mirrados na pobreza se consomem
    Lançai por terra os empecilhos
    Que é o mais justo dever de todo o homem

    Que as nossas dores
    Nos inspirem
    Sempre! Sempre!

    O gozo é para nós um sonho místico
    Que zomba da miséria dissolvente
    E o Estado, este enigma sofístico
    Se encarrega de a tornar mais persistente

    Esteios que se perdem no reverso
    Baluartes que a desgraça vos levaram
    Só vós sois os obreiros do universo

    Oh! Produtores
    Que o vosso sangue derramais aos opressores,
    Clamai justiça para os punir
    Anarquia porvir!

    Esta vil sociedade tão despótica
    Reprovemo-la de vez, filhos do povo
    E de toda esta amizade patriótica
    Façamos renascer um mundo novo

    Operários, que assim escravos
    Tanto padecem nesta vil sociedade
    Sejamos fortes e sempre bravos
    Combatendo sem descanso a iniquidade

    Que as nossas dores
    Nos inspirem
    Sempre! Sempre!

    A dor restaure em nós força titânica
    Para o grande combate à burguesia
    E seja a nossa cólera vulcânica
    A vida dos princípios da anarquia

    Mas da verdade erguendo os seus escombros
    Mostremos o valor da sã justiça
    Não mais fatigue o peso os nossos ombros

    Oh! Produtores
    Que o vosso sangue derramais aos opressores
    Clamai justiça para os punir!
    Anarquia, porvir!

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